quarta-feira, 10 de dezembro de 2014



QUE HORAS SÃO?

Talvez ele me odiasse com
aquela boca pintada... talvez
Quem sabe achasse pérfido
o meu olhar que nem era verde...

Queria saber das horas, respondi

aflita que era cedo ainda...
Pensava no coração moreno.
Queria me encostar sentir...

Podia ver suas pernas tremulando

dentro da calca caqui clarinha...
se me desse seu colo,  se me desse
Tudo era uma questão de tentar...

Olhava para ele com uma fome...

A ponta da língua se mexia ensaiando
um gesto  de estalido em cio...
Vi que era fácil mas hesitava...

De repente senti seus dedos

me apalpando os seios...
Caímos no tapete da sala e...
O calor daquela boca...Ai que frio!


Dorothy de Castro


Um comentário:

  1. Deus abençoe teu poetar, amiga, cada palavra que sair de ti como missão de embevecer amigos, colegas, leitores. Pois, tudo que crias o fazes muito bem, como mais este belo texto que enreda a escrita.

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Que não tenha sido um tempo perdido em sua leitura. Agradeço o carinho do comentário... Dorothy.