domingo, 13 de novembro de 2016

LIBANDO BEIJOS





Libado na minha boca, sorvendo beijos gulosos,
era chamado de louco, quase sem mais e  nem menos...
os insensatos queriam, mais curiosos que tudo,
saber da cresta azulada ,do fogo fátuo que  temos...

Desesperado furor, tem o nosso amor insano,
que espera a resolução, de Deus e de ninguém mais,
e os gritos lembram a guerra, na batalha que travamos,
se nos amamos queremos também um tempo de paz...

E assim à sorver os beijos, libado na minha boca,
cingindo minha cintura, aperta seu corpo em mim,
não reza mais meu amado, que a vida perde a razão...

Um fragmento dos versos, que em vão escreverei, 
nas costas do meu poeta, com a tinta do meu carmim...
libado na minha boca, sorvendo os beijos por fim!


Dorothy de Castro