domingo, 12 de julho de 2015

AREIAS POETISADAS







Que de invejar eu morra pela paixão que tenho
Em todos os ciumes de todas as mulheres
Que o meu fremente seio te avise de  que venho
Buscar o que desejo, buscar o que me deres...

Que todas essas putas respeitem meus quereres
Por que dos homens loucos és o único que quero
Porque na madrugada apaixonada espero
Ser  a fogosa amante que morre em teus prazeres...

Eu quero a poesia que leio em tua boca
Ainda que no martírio de ler-te eu agonize
E caia no teu corpo qual doidivana louca
Pedindo que me tenhas e que me poetize...

E num  inferno polar busco o calor do sol
No queimar d'um deserto de tão  brancas areias
Meu poeta que chega  de um lindo arrebol
Ansiando por mares e as malditas sereias!...


Dorothy de Castro